sexta-feira, 26 de março de 2010

Curso de Disseminadores da Educação Fiscal tem 245 professores cadastrados


Curso de Disseminadores de Educação Fiscal começa no próximo dia 05 de abril. Expectativa da Comissão Mista Permanente é de ter a participação de 28 escolas municipais e cinco Centros de Educação Infantil, com envolvimento de 11 mil estudantes de Blumenau


Mais 245 professores da rede pública municipal de ensino estão cadastrados para o curso de Disseminadores da Educação Fiscal. O curso inicia no próximo dia 05 de abril, com carga de 160 horas, sendo 90% on-line e será coordenado pela Comissão Mista Permanente do Programa. Com essas confirmações, o Programa, implantado em 2008 em Blumenau, passará a ter mais de 500 educadores formados pelo curso. Ano passado, o Projeto, inédito no Estado, contou com a adesão de 11 unidades escolares e envolveu mais de 9,4 mil alunos.

Para este ano, a expectativa da Comissão é de ultrapassar em 11 mil estudantes – crescimento em torno de 18% com relação ao ano passado - já que, 17 escolas e cinco Centros de Educação Infantil (CEI) foram convidados para o Programa neste primeiro semestre. Os dados representam, 67,5% das unidades escolares e 7% dos CEIs.

Temas: Segundo Ellen Eike Jocham, auditora fiscal da Secretaria da Fazenda, os temas abordados durante o curso integram a proposta do Programa e que possam ser desenvolvidos nas unidades escolares. Dentre os temas: Educação fiscal no contexto social, Estado e sociedade, Sistema Tributário brasileiro e Gestão democrática dos recursos públicos.

O curso de Disseminadores de Educação Fiscal é promovido pela Comissão Mista Permanente do Programa em parceria com o Programa Nacional de Educação Fiscal/Esaf e secretarias da Fazenda e da Educação. “Os Disseminadores que concluírem o curso vão atuar junto às escolas e com a sociedade em geral – de acordo com a proposta do Programa”, comenta Ellen.


Repórter: Humberto Trindade

quinta-feira, 18 de março de 2010

Por uma justiça imparcial

Questão jurídica discutida a partir dos processos interpostos contra o (ex) governador Roberto Arruda (DF) e o vice-governador catarinense Leonel Pavan é a (in)constitucionalidade dos respectivos dispositivos que atribuem exclusividade ao Legislativo para autorizar previamente, por deliberação de quorum qualificado de seus membros, a instauração de processo contra o governador, vice-governador e determinadas autoridades.

Há quem sustente – por ignorância, por esperteza jurídica ou por jogada de marketing – que a suposta falta de condição de procedibilidade, nestas hipóteses, possa ser desconsiderada em homenagem ao julgamento célere. Esquecem que a lei, quando declarada inconstitucional, é nula de pleno direito, não se sujeitando aos efeitos da coisa julgada, ao manejo da ação rescisória e tampouco ao prazo de dois anos para sua impugnação.

Ademais, em ambos os casos concretos referidos, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, interpôs as respectivas ações diretas de inconstitucionalidade. Como adverte Gurgel, a questão equivale a um passaporte para a impunidade: “Essa impunidade não apenas viola gravemente os valores republicanos, como corrói a confiança que os cidadãos devem depositar no seu sistema jurídico, ao difundir a perigosa crença de que a Justiça Penal nunca chega aos poderosos, sendo os governantes imunes às leis repressivas que valem para o restante da população”.

Como a cristalinidade da água que brota da rocha, o procurador-geral de Justiça, dr. Gercino Gerson Gomes Neto, longe de qualquer maledicência, difamação ou ato irresponsável, fez valer a independência constitucional do Ministério Público, processando a autoridade graduada por entender violada a legislação em vigor, haja vista que evidenciados os delitos imputados.

É preciso homenagear a verdade de forma inteira, sem insinuações, bravatas ou palanque político. Afinal, já é chegado o momento de distribuir justiça imparcialmente a todos, independente do poder político, econômico ou de autoridade.

* Por Affonso Ghizzo Neto, Ministerio Publico Estadual *Idealizador da campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”

Fonte: Jornal Diário Catarinense | 18 de março de 2010 | N° 8746 - (*) ARTIGO